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Página:A imprensa e o dever da verdade (1920).djvu/56

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americana, George William Curtis, desfralda aos ventos a bandeira da verdade, como a da salvação pública.

"A linguagem clara é a melhor — diz ele. As corrupções descobertas da administração pública em todos os sentidos que acabam de culminar, por último, na peita do ministro da Guerra, por ele mesmo confessada, a tendência incessante dos funcionários e agentes administrativos, neste país, a prostituírem, de contínuo e a todo o custo, aos seus interesses pessoais, as organizações dos partidos, têm suscitado por toda a parte apreensões entre os amigos do governo livre, sobressaltando, ao mesmo tempo, e assustando a massa honesta do Partido Republicano."

O ministro da Guerra, a que aludia Curtis, era o General Bellenap, em cujo processo de responsabilidade por concussão, um dos americanos mais conhecidos pela inteireza puritana do seu caráter, o senador Hoar, funcionando como agente da acusação, reuniu alguns dos exemplos mais graves e inquestionáveis de corrupção naquela terra em uma passagem memorável nos anais da eloqüência americana.

"A minha vida pública — dizia ele — muito curta e insignificante, mal excede a duração de um termo do mandato senatório. Mas, neste breve período, vi eu postos fora dos seus cargos cinco juizes de um alto tribunal dos Estados Unidos por ameaças de processo como prevaricadores ou venais. De lábios amigos ouvi cair sobre nós o labéu de que, quando os Estados Unidos se apresentaram no Oriente, para tomar