é um instrumento de prazer, de que cada um se serve como melhor gosta e lhe apraz. Aqui, neste feliz recinto, as mulheres não têm dono; são como as flores do caminho: pertencem ao primeiro que se debruça sobre elas para lhes sorver o aroma. . .
E derreando-se entre as duas mulheres que estavam ao lado dele, passou-lhes o braço na cintura e perguntou-lhes, beijando-as, uma e depois outra:
— Não é verdade, encantadoras amigas, saborosas flores, cujo perfume nos embriaga de prazer? Não é verdade que não guardais egoisticamente, só para um homem, o vinho dos vossos lábios e os tesouros dos vossos corpos adoráveis?. . .
Uma das mulheres respondeu sorrindo:
— Somos altruístas... Com os encantos que possuímos, poderíamos, por interesse, dar a felicidade a um homem... preferimos dá-la a muitos. É mais generoso. . .
— Decerto! confirmou o cavalheiro que falara por último. A castidade não passa de uma torpe especulação! . . .
— A mulher, reforçou o outro, só é verdadeiramente sublime, quando se dá a todos, sem preferência de nenhum. . .
— Não concordo convosco! declarou Alzira.
Ângelo sentiu-se irritado com aquelas idéias, e disse, erguendo-se: