— Deixa essa mulher, já disse!
— Queres que a deixe contigo, talvez!. . .
— Obedece-me ou eu tomar-ta-ei à força!
— Não tentes experimentá-lo, porque ficarias aqui mesmo estendido por terra com esses outros imprudentes que aí estão! Vai-te embora, desgraçado!
O pároco foi ter com Alzira e tomou-lhe as mãos.
— Acompanha-me, disse, com ar de súplica.
A cortesã olhou para ele, olhou para o outro, e abaixou os olhos, hesitando perplexa.
— Não vens comigo?... interrogou o padre, arfando de cólera e ciúme.
— E ele? balbuciou a cortesã. Como deixá-lo?. . . Bem vês que não posso!. . .
— Aqui! A meus braços! ordenou o outro Ângelo, batendo o pé. Já! Não dês ouvidos a esse embusteiro!
Alzira chegou-se para o amante folgazão, obedecendo submissa.
Então o pároco, sem dominar a cólera, atirou-se contra o rival, tentando estrangulá-lo.
Alzira, percebendo que aquele arrancava o punhal da cinta, apoderou-se do ferro traiçoeiramente e lançou-o ao mar.
O desarmado soltou um formidável grito de desespero e engalfinhou-se com o outro Ângelo, rolando ambos ao chão, por entre os cadáveres ensangüentados, enquanto um sino ao longe