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Página:A mortalha de Alzira (1924).djvu/32

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começasse de novo a viver, armado, entretanto, para todas as lutas.

— Sim! Sim! exclamou ele erguendo nas mãos trêmulas a criancinha, e cobrindo-lhe os pés de beijos e de lágrimas de alegria. Sim! Sim! Desta cera virgem poderia fazer um sacerdote digno de Deus! Obrigado, obrigado, meu Pai de bondade, que ouviste as minhas súplicas e me enviaste do teu peito de amor um meio de salvação!

E louco de contentamento, despiu sem hesitar o seu velho capote, envolveu nele a criança e correu à casa mais próxima, para pedir que a ela prestassem os primeiros socorros.

Logo que pôde, levou-a à igreja, batizou-a com o nome de Ângelo; depois tratou de descobrir uma mulher honesta, que se quisesse encarregar da aleitá-la até a época competente.

E, quando o pequenino Ângelo pode enfim dispensar os cuidados da ama, Ozéas carregou com ele para o seu convento, e encerrou-o misteriosamente numa cela ignorada e sombria.

A bem poucos dos seus confrades confiou o segredo do que ele chamava "a criação do Messias da sua alma". E, desde essa época, Ângelo viveu sem nunca sair do convento e nem sequer chegar a uma janela para ver a rua.

Ozéas foi o seu companheiro, e o seu guia, e o seu mestre, e o seu pai espiritual. Só o confiava