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Página:A pata da Gazela.djvu/146

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Nisso Amélia entrou na sala, onde foi muito festejada pelas amigas e conhecidas.

As alusões e gracejos a respeito do segredo incomodaram a moça, embora por outro lado lhe causassem certo desvanecimento.

Pelo meio da noite, Leopoldo aproximou-se de Amélia para lhe pedir uma contradança. Tinham dançado a primeira marca sem trocar palavra; afinal o mancebo rompeu o silêncio:

— É verdade que foi pedida em casamento?

Amélia empalideceu; quis disfarçar iludindo a pergunta, mas encontrou o olhar de Leopoldo, olhar tão doce e sincero, que não se animou a enganá-lo.

— É verdade, murmurou em voz quase imperceptível. Mas ainda não respondi.

— Estimo que seja muito feliz.

— Obrigada.

Amélia ficou surpresa; ela supunha que Leopoldo tinha-lhe ardente paixão, e que portanto sentiria profundo pesar, senão desespero, com a notícia de seu casamento. Em vez disso, o mancebo mostrava uma resignação serena.

— Quando comecei a amá-la, D. Amélia, disse Leopoldo depois de alguns instantes, acreditei