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Página:A pata da Gazela.djvu/160

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às festas esplêndidas. Os cavalheiros percorriam lentamente as salas, observando o íris deslumbrante que formavam os lindos vestidos das senhoras; mas admirando especialmente as estrelas que brilhavam nessa via-láctea.

Amélia acabava de sentar-se.

Horácio foi logo saudá-la, e cumprimentou-a pelo bom gosto e delicadeza de seu traje.

Realmente não se podia imaginar um adorno mais gracioso. O vestido era de escumilha rubescente, formando regaços onde brilhavam aljôfares de cristal; nos cabelos castanhos trazia uma grinalda de pequenos botões de rosa, borrifados de gotas de orvalho.

Um poeta diria que a moça tinha cortado seu traje das finas gazas da manhã; ou que a aurora vestindo as névoas rosadas, descera do céu para disputar as admirações da noite.

— Dançaremos a primeira, disse Horácio.

A moça corou:

— Sim.

Laura passava. Amélia chamou-a, mostrando-lhe um lugar a seu lado. Horácio afastou-se para deixar as duas amigas em liberdade; mas principalmente para poupar a Laura a contrariedade