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— Qual?... Espera!
Horacio tinha avistado Laura, que descia o lanço da escada opposta, e corrêra pressuroso, com os olhos fitos na fimbria de sêda. Seu olhar tinha tal força que parecia um croque a levantar a orla do vestido. Debalde; nem a sombra do pé: o encorpado estôfo arrastava pesadamente pelo chão.
Chegou a moça à porta, onde o carro a esperava. Horacio teve um vislumbre de esperança; porém nova decepção o esperava. Não viu mais do que uma nuvem de sêdas ondular e sumir-se.
O leão fez um movimento de desespero.
— Senhor! porque em vez de homem, não me fizeste estribo de um carro! Teria a felicidade de ser pisado por aquelle pesinho.