do prelado, ordenando se incluísse seus nomes no rol dos culpados, e se expedisse mandado de captura.
Com uma salva de aplausos foi acolhida a sentença, da qual o escrivão ad hoc lavrou logo o termo de publicação, passando incontinenti o mandado de captura, que foi entregue aos beleguins da Ouvidoria para o cumprirem com assistência dos povos.
Poucos momentos depois atopetava-se a multidão na Rua da Quitanda em frente da morada do prelado, cuja cerca foi invadida, e posta em sítio a casa. Esta conservava-se fechada como estava, e em silêncio, apesar do vozeio e burburinho do povo. Adiantou-se o beleguim, e batendo na porta com a vara, proferiu a seguinte intimação:
— Em nome d'El-Rei, e por ordem do senhor ouvidor-geral, intimo os moradores da casa, ou quem nela estiver, a que abram a porta a fim de cumprir a diligência que me foi ordenada, e não o fazendo à 3ª notificação, procederei a arrombamento e penetrarei à viva força e de mão armada, se for preciso.
Mal acabava o beleguim, que de supetão abriu-se a porta e assomou nela o vulto do prelado.