de volta!
— Que lembrança de menina! exclamou Úrsula.
— Não queres acabar de crer, filha, que meu pobre Aires há muito que está com Deus! observou Duarte melancólico.
— Abra o pai! respondeu Maria da Glória mansamente.
Deu ele volta à chave, e Aires de Lucena apertou nos braços ao amigo atônito de o ver depois de por tanto tempo o haver por morto.
Grande foi a alegria de Duarte de Morais e a festa de Úrsula com a volta de Aires.
Maria da Glória porém, se alguma cousa sentiu, não deu a perceber; falou com o cavalheiro sem mostra de surpresa, nem de contentamento, como se ele a tivesse deixado na véspera.
Este acolhimento indiferente confrangeu o coração de Aires, que ainda mais se afligia notando a palidez da moça, a qual parecia estar-se definhando como a rosa, a quem a larva devora o seio.