pegamos nos seus livros e analysamos miudamente, scientificamente, anatomicamente essas creações vivas que elle nos legou.
Cada livro é um orgão ainda palpitante do corpo que estamos dissecando.
Não nos contentamos, porém, com o livro, desde logo destinado pelo seu auctor a ser lido e interpretado pelo publico.
Queremos, exigimos, muito mais. As cartas, os diarios posthumos, as confidencias involuntarias, pelas quaes a alma se manifesta irresistivelmente, nas suas particularidades, nas suas idyosincrasias, eis o que hoje nos satisfaz.
É extraordinaria a indiscricção com que temos ido rebuscar todos os documentos do passado, para encontrarmos n'elles a alma occulta, a vida mysteriosa e latente.
N'esse ponto, temos tido como instrumento maravilhoso de investigação e de critica, o nosso proprio scepticismo, o nosso dilletantismo tão moderno, pelo qual nos é