mestres vão realmente abysmando nos lodaçaes mais torpes da palavra, do estylo e da idéa, apparecesse emfim a litteratura que retractasse o homem―o homem complexo, o homem ondoyant e divers, tal como o viu Montaigne, o homem bom e mau no mesmo dia e ás vezes na mesma hora, o homem capaz de baixezas e de heroismos, de vicios e de abnegações insolitas, o homem n'uma palavra―estranho mixto do que ha de mais bello e do que ha de mais ignobil?!
Não teriam então os detractores da escola naturalista razão para dizer que ella, sendo em principio tudo quanto os seus sacerdotes maximos apregoam e proclamam de scientifico, de grande e de verdadeiro, não passa, na pratica, da escola das feias palávras e das acções ainda mais feias.
O verdadeiro naturalismo seria então creado pela primeira vez, tal como Shakespeare o presentiu no seu espirito barbaro e sublime, tal como Balzac o realisaria se não