nho.» — disse — «que tenho muita pressa... E' vradade... já me esquecia... Os senhores agora um dia vão-me deixar levar o rapaz, assim obra de umas duas horas... E' só p'ra lh'eu amostrar o mais importante de Lisboa... p'r'amor de lhe explicar certas coisas... Por via da gente lá da terra... E certas coisas deve de vel-as com pessoa de respeito e de tino... A Praça da Figueira, o mercado do peixe, as igrejas mais principaes, o jardim zio- logico...»
— «Isso agora de saidas, sr.ª Benta... N'um Natal, n'uma Paschoa, não digo... Agora assim, sem mais quê nem p'ra quê!...»
— «Dizia eu n'um domingo... Só agora p'ra isso de lhe dar umas luzes... P'ra nan entrarem a ralhar lá na terra... Obra de duas horas n'um domingo.»
— «E ella a dar-lhe com o domingo! Valha-a Deus, santinha! Ao domingo, a bem dizer, é quando o rapaz cá faz mais falta... Bem sei que anda por ahi uma certa malandragem com essa leria de fechar ao domingo. Bom cacete! Fechar ao domingo para rebentar de trabalho á segunda feira! Cá em casa o costume, ha muito anno, é sair cada domingo um de nós dois, ou eu ou o mano Domingos.
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