tes... Havia de fazer um pacotinho muito bem feito com um enderêço assim:
Ilmos. Exmos. Srs.
Pé Direito e Pé Esquerdo,
Respeitáveis extremidades do corpo de D. Alice.
(Com muitas saudades da mesma.)
“Arre! Como estou asneirenta hoje!” exclamou em seguida, caindo em si.
Nesse instante bateu com a cabeça no teto da sala, pois fôra crescendo, crescendo, e estava agora com mais de três metros de altura. Lembrou-se então da chave, tomou-a de cima da mesa e correu em direção da portinha.
Pobre Alice! Pôde tirar a chave de cima da mesa, mas, aumentada de tamanho como ficara, era-lhe de todo impossível passar pela portinha. Sentou-se no chão novamente e rompeu a chorar como da primeira vez.
“Que vergonha!” disse em certo momento. “Tamanha moça a chorar que nem criança de peito! Pare com isso, pois você sabe que chorar nunca adiantou coisa nenhuma.”
Apesar do pito que ia passando em si própria, as lágrimas continuavam a cair-lhe dos olhos e breve formaram em redor dela um pequeno lago que tomou metade da sala.
Estava nisso quando ouviu um ruído. Enxugou logo o rosto e voltou-se para ver o que era. Era o Coelho Branco que regressava, esplêndidamente vestido, tendo