acabou. Todos, cansados e resfolegantes, se reuniram em tôrno dêle, perguntando: — Mas quem ganhou?
O Ganso ficou atrapalhado e permaneceu uns segundos com o dedo espetado na testa, pensando. Por fim deu a decisão: — Todos ganharam e todos vão receber prêmios.
— Mas quem vai distribuir prêmios?
— Está claro que é ela, disse o Ganso apontando para a menina. E os bichinhos incontinênti rodearam Alice: — Prêmios! Venham os prêmios!
Alice não sabia o que fazer. Olhou em redor e nada viu que servisse para prêmio. Lembrou-se então que tinha no bôlso uma caixinha de bombons. Tirou-a fora, abriu-a e deu um docinho a cada um. Foi a conta.
— Mas também ela tem direito a prêmio, disse o Rato.
— Pois de certo, concordou o Ganso com tôda a seriedade. E virando-se para Alice perguntou: — Que mais coisas tem vêce no bôlso?
— Só êste dedal, disse Alice, tirando do seu bôlso um dedal de tostão, que deu ao Ganso.
Todos rodearam a menina enquanto o Ganso, com solenidade, lhe apresentava o dedal de tostão com estas palavras: — Pedimos que aceite êste precioso dedal como prova de nossa mais profunda admiração. Todos aplaudiram e Alice meteu o dedal no bôlso outra vez.
A menina achou aquilo um tanto absurdo e cômico, mas não teve coragem de rir, porque os bichos estavam agindo muito a sério. Por isso não destampou nenhuma risada, limitando-se a agradecer com uma cortesia de cabeça.