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O COELHO DÁ ORDENS
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tem debaixo da janela!” pensou Alice. “Que será que tencionam fazer de mim? Tirar-me pela janela é impossível — e sinto muito. Daria tudo para safar-me desta horrível situação.”

Um tempo se passou sem que ouvisse coisa nenhuma. Por fim notou um barulho de rodas, e ouviu outras vozes, de gente que falava com espanto. A menina pôde distinguir frases como estas: “Onde está a outra escada? Eu só trouxe uma. Periquito que traga a outra. Aqui, Periquito! Traga-a para aqui! Encoste-a nesse canto. Isso. Não alcança? Que pena! Temos que emendar uma escada noutra. Amarre bem, Periquito! Será que o beiral do telhado agüenta? Cuidado com essa têlha sôlta! Está cai-não-cai. Suba, Periquito, e desça pela chaminé. Não tenha mêdo, vá, ande!”