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Página:Alma de Mulher - Maria Feio (1915).pdf/31

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ignorancia desconlieceu o que hoje aprendeu á custa de tanto sofrer, suplico-te que faças das tuas filhinhas rebentos fortes e sadios, para resistirem ás eventualidades da vida e se criarem para a alegria fecunda e tranquila da familia e da sociedade.

Que elas sejam belas, graciosas e joviais. Que a sua saude, a sua robustez, e a sua beleza, sejam a tua religião, o teu orgulho, a tua preocupação. E será harmonioso e sorridente o teu viver, folgada, contente e serena a vida da doce, encantadora e terna esposa que o destino, em bizarri de rara oferenda, colocou junto do teu coração.

Que o teu lar rescenda a flores; que dentro d'ele vibrem todas as divinas maviosidades da arte, do conforto, da Paz e do amor. Foi esse o lar que eu sonhei. E foi esse o que o destino me negou. Bemdita seja, porém, a dôr que viveu comigo dentro d'aquele onde morri para a felicidade, e renasci para outra vida, que hoje pertence á humanidade, como simbolismo de tormentos inconcebiveis, que convertem a mulher em martir dos preconceitos, e que dispersam a familia, desequilibrando a sociedade. Assim deves compreendê-la para respeitar todas as causas sobreviventes do passado, e