Traz o escravo o seu cavallo
Que o velho sogro lhe deu;
Traz-lhe mais a sua lança
Que tanto peito abateu.
Então, recobrando a alma,
Que o remorso esmoreceu,
Com esta dura palavra
Á espôsa lhe respondeu:
« — A bocayuva trez vezes
No tronco amadureceu,[1]
Desde o dia em que o guerreiro
Sua espôsa recebeu.
«Trez vezes! Amor sobejo
Nossa vida toda encheu.
Fastio me entrou no seio,
Fastio que me perdeu.»
E pulando no cavallo,
Sumiu-se.....despareceu..,
Pobre moça sem marido,
Chora o amor que lhe morreu
- ↑ As bocayuvas servem de alimento aos Guaycurús; nas proximidades de sazonarem os cocos fazem elles grandes festas. (Veja Casal e Prado).