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Página:Ana de Castro Osório - Ás Mulheres Portuguêsas (1905).pdf/120

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Ás mulheres portuguêsas

realisa a sua ambição, está finalmente arrumada — como é vulgarissimo dizer-se quando uma noiva passa, sorridente e confiada, dos mimos da casa paterna para os braços de um homem que na maior parte das vezes é quasi um desconhecido.

Pobres dellas!... O que julgam o fim é apenas o principio — da sua árdua missão de mãe de familia.

Deixou de ser uma criatura sem deveres nem responsabilidades, a quem tudo se perdoa e desculpa, para ser a pedra basilar desse sagrado templo que se chama o lar.

Vai sêr a mãe! Vai pertencer-lhe, só a ella, por longos e dolorosos mêses, viver da sua vida, alimentar-se com o seu sangue, sentir pelos seus nervos, um pequenino ser informe que é o seu filho, que será para o futuro um homem ou uma mulher, que poderão ser uns criminosos ou uns santos, doentes ou sãos, devido, em muito, aos cuidados, preocupações e higiene moral e material da mãe.

Nascido para a vida, é ainda o objecto dos seus cuidados e amôr. Treme pela sua fragil