ingenuos nas estampas dos livros estrangeiros — ou vindas do estrangeiro para adaptar a coisas portuguêsas, o que é peor ainda! — por lêr traduções das historias que nos outros paizes se fazem para os pequeninos; por vestirem luxuosos vestidos cujos modelos vieram de fóra; por só apreciarem as flôres exoticas cultivadas com mimos de estufa, despresando a simples e honesta flora portuguêsa, tão espontanea e bella; por vêr as habitações dum tão duvidoso gosto de importação, os brinquedos, a loiça, os navios, os carros, os velocipedes, que tudo nos vem do estrangeiro e nos dá o aspecto banal e miseravel de povo sem nacionalidade.
Só vós, senhoras, podereis levantar-nos desta situação por demais incaracteristica e infamante!
Só vós podereis insuflar na alma dos moços o respeito pelo passado, o horror da situação presente, e a esperança consoladora num futuro melhor!
Num futuro que não está nos cursos complicados, nas repartições da burocracia, nos feitos das vanglorias militares com sobados afri-