iam reunir na sala das sessões do Instituto Histórico. Pouco depois chegou Sua Majestade, e a sessão se abriu com sete membros.
Se eu não tivesse lido há tempos que Metternich, ou não sei que outro diplomata, havia dito que a pontualidade é a política dos reis, quando de hoje em diante me sucedesse ouvir semelhante palavra, seria capaz de apostar que tinha sido lembrança de algum dos sete membros do Instituto, que, para fazer honra ao tempo, se entretiveram com a leitura de um trabalho sobre terremotos.
Achava-me muito disposto a terminar aqui, mas lembro-me que estou na obrigação de afirmar aos meus leitores que este artigo é escrito por mim mesmo, e não por um pseudônimo que me descobriram, e que se acha arvorado em redator de um periódico intitulado - O Brasil Ilustrado.
Quando a princípio me contaram semelhante coisa, quando me disseram que eu ia redigir um novo periódico literário, duvidei; porém o fato é exato, e, o que mais é lá se acha a assinatura de um dos nossos literatos, o Sr. Porto alegre, que afirmou não ter assinado semelhante coisa.
Ora o Brasil, sendo tão ilustrado como se intitula, não pode ignorar certa disposição do Código Criminal que fala de assinaturas fingidas; por conseguinte, não há dúvida que os homens que se acham assinados naquela lista a que me refiro são nossos homônimos, os quais até hoje eram completamente desconhecidos.
Em tudo isto, pois, só temos a lamentar uma coisa, e é que o novo tão ignorados e obscuros, deixando de parte os verdadeiros Otavianos, Porto Alegres e Torres Homens.