Saltar para o conteúdo

Página:As Caçadas de Pedrinho (1ª edição).pdf/20

Wikisource, a biblioteca livre

— Espere que te curo, disse ele, lembrando-se que ainda trazia no bolso um pouco da polvora dos pistolões. Tomou um punhado e, ageitando-se no galho que ficava bem a prumo sobre a onça, derramou a polvora em cima dos olhos dela.

A idéa valeu. Completamente céga pela polvora a onça pôs-se a corcovear que nem doida, enquanto esfregava os olhos com as munhecas, como se quisesse arranca-los.

— E’ hora! Avança, macacada! gritou Pedrinho escorregando da arvore abaixo.

Todos o imitaram, apanharam as armas e arrojaram contra a féra com verdadeira furia. Narizinho esfregava-lhe a faca no lombo como se a onça fosse de pão e ela quisesse tirar uma fatia. O visconde conseguiu, depois de varias tentativas, enterrar--

19