ribeirão onde na vespera tia Nastacia havia escondido qualquer coisa. Todos a seguiram, curiosos.
— Que é, que é, Narizinho? Que surpresa é essa?
Em vez de responder, a menina espalhou um montinho de folhas sêcas que havia junto ás pedras do rio e revelou aos olhos do bando um lindo cacho de brejaúvas.
— Viva! Viva! gritou Pedrinho, que se pelava por brejaúvas. Como arranjou isso, Narizinho?
— Foi o Antonio Carapina que nos mandou de presente hontem á noite. Tia Nastacia recebeu o cacho e veiu esconde-lo aqui para que não acontecesse como da outra vez, que sujamos de casca a varanda e a calçada.
— E por que não me disse nada?
— Para fazer uma surpresa. Não acha que foi melhor assim?
— Sentaram-se todos em redor do cacho de brejaúvas e começaram a partir os côcos sobre uma grande lage que havia ali.
— Otimas! exclamou o menino comendo com gula a deliciosa polpa branca e macia daqueles côcos no ponto. O Antonio Carapina tem as melhores idéas do mundo. Próve, Emilia, este pedacinho...
Minutos depois estava o chão coberto de cascas, entre as quais o focinho de Rabicó passeava, lambiscando o que podia. Enquanto isso, as onças lá na mata marcavam o ataque ao sitio para o dia seguinte. Felizmente os dois besouros encapotados estiveram presentes á reunião e tudo ouviam dum galhinho seco.