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Página:As Caçadas de Pedrinho (1ª edição).pdf/69

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Onde estaria ele? Nas florestas do Amazonas? Nas matas virgens do Espirito Santo? Ninguem o sabia. Telegramas chegavam de toda a parte, sugerindo pistas. Um de Manáos dizia: “Numa floresta, a dez leguas desta cidade, foi visto, dentro dum cerrado de taquarussús, o vulto negro dum monstro que parece ser o tal rinoceronte. Pedimos providencias”.

Cinco detectives e numerosos bombeiros foram mandados para aquele ponto, de avião, para investigar. Descobriram tratar-se duma vaca preta que ficara enredada na moita de taquarussús...

Outro telegrama no mesmo sentido veiu da cidade de Cachoeiro, no Espirito Santo. “Nas matas vizinhas ouvem-se urros que não são de onça, nem de nenhum animal conhecido por aqui. Pedimos energicas providencias”.

O avião dos detectives voou para lá. Era um papagaio que fugira dum jardim zoologico, onde aprendera a imitar o urro de todos os animais.

Onde estava o rinoceronte? eis a pergunta que de manhã á noite se repetia pelo país inteiro. Onde poderia ter-se escondido a tremebunda féra?

Ninguem possuia elementos para responder. Ninguem sabia. Ninguem, ninguem, exceto... Emilia!

Parecerá um absurdo isto. Parecerá invenção de gente sem serviço e, no entanto, é a verdade pura. Só a pequenina boneca do sitio de dona Benta sabia realmente onde estava escondida a féra!...

O caso foi assim. Logo que naquela noite de

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