— Nos der... interrompeu Cléo.
— Sim, se você nos der o carrinho.
Um rinoceronte de verdade por um carrinho de cabrito era o melhor negocio do mundo. Pedrinho não vacilou um instante.
— Pois está fechado! gritou ele. Onde anda o bicho?
— Na mata dos taquarussús.
— Como o descobriu, Emilia?
— Os meus besouros espiões são uns danados. Tudo o que se passa na floresta eles correm a me contar. Inda ha pouco vieram, muito assustados, dizer do aparecimento dum animalão enorme, assim, assim, de chifre unico na testa — e percebi logo que se tratava do rinoceronte fugido.
Era espantoso aquilo. Pedrinho sentiu o coração palpitar com violencia no peito. Um rinoceronte! Um rinoceronte de verdade, morando no sitio de dona Benta! Não podia haver nada mais fantastico...
— Resta agora decidir o que faremos dele, murmurou o menino atrapalhado. Mata-lo, cata-lo, prende-lo, devolve-lo ao circo, amansa-lo, conserva-lo aqui... Que fazer?
— Acho que devemos amansa-lo e faze-lo entrar para o nosso bando, sugeriu Cléo. Sempre achei que fazia muita falta nele um bicho assim, dos grandes.
— Impossivel, Cléo, disse Pedrinho. Esses animais, além de ferocissimos e traiçoeiros, são incomodamente grandes. Não cabem em parte nenhuma. E depois, ha ainda vóvó e tia Nastacia — as duas maio-