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Página:As Minas de Prata (Volume I).djvu/160

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odre todo o vinho que ele contém. Apertando os joelhos contra o ventre, gania que era um desespero:

— Vi... i... i... i... va!...

As damas agitavam os lenços, e sentiam lá no fundo do coração uma voz doce a dizer-lhes baixinho que elas amariam qualquer um daqueles dois moços, ou mesmo ambos, se fosse possível, somente por prêmio e honra de tão bela ação.

As mulheres naquele tempo tinham dessas nobres inspirações; não sabiam tanto calcular com os sentimentos; conheciam a santidade de sua missão neste mundo, e não havia glória ou virtude que elas não dourassem com um raio de amor.

A alegria de Inesita foi imensa; sua alma expandiu-se; o olhar úmido e fagueiro agradecia a Cristóvão, às damas, ao povo, ao último dos galopins trepados nas esquinas das ruas, a glória de Estácio; essa glória lhe pertencia também pela santa comunhão que o amor cria logo entre duas almas.

Quanto a D. Diogo, habituado a estudar os homens, tinha conhecido por aquele traço o caráter dos dois amigos; eram valentes espadas e braços leais com quem a todo o tempo poderia contar.