Página:As Minas de Prata (Volume II).djvu/199

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uma boa ação, mandando-vos direitinho para as caldeiras do compadre Botelho. Arredo, vos digo eu!

Batista, diante da boca do arcabuz voltada para ele, cedeu bem contra a vontade, e recuou com os seus companheiros a uma pequena distância.

— Mais! Mais!... Sois madraço, mano, mas não me embaçais! Bom! Agora, meu fidalgo, contai as dez moedas, atirai cá a bolsa, e dou-vos carta de seguro até a porta. Até se quereis, podemos preparar para vosso divertimento um sarapatel desses quatro borregos que aí estão tanto há para matar um homem. Quanto ao Maneco, eu lhe apararei as orelhas para doutra feita ouvir melhor!

Cristóvão desgraçadamente não tinha bolsa consigo; a que ele trouxera, vinha cheia das prendas que dera a Elvira. Pressentindo porém que o desconhecido não lhe prestaria o prometido auxílio sem palpar as moedas, o cavalheiro assentou de ganhar tempo, fingindo procurar um objeto que ele sabia ausente.

— Muito custam a desatar os cordões de vossa bolsa, meu fidalgo, disse Anselmo já desconfiado