a alma exalava perfume suave de rosa mística, voando para o céu azul dos castos amores.
Também Estácio sentia o doce enlevo do coração, ainda não desflorado de esperança: bebia vida e eternidade no sorrir de Inesita.
Depois de um instante de muda contemplação, em que essas duas almas vazando uma na outra, desviveram em si para renascerem anjos no puro e santo afeto que as unia, Estácio quis falar: a voz evaporou-se em tênue suspiro:
— D. Inês!...
A doçura do seu nome, balbuciado pelos lábios do mancebo, afagou-a, como a melodia de um canto celeste; igual só houvera na terra uma harmonia: era a do nome de Estácio, que lhe adejava no sorriso, e já ressoava intimamente nas cordas d'alma.
Mas foi um grito de espanto que lhe escapou.
A menina vira D. José, parado diante dela, lívido de cólera, mordendo o beiço e cobrindo Estácio com a vista odienta.
Este, no encantamento da presença de Inesita, não o percebera.
— Não parece bem que uma moça se desacompanhe das outras damas, minha irmã. Tomai o