do homem, são instrumentos na mão do operário de Cristo.
P. Inácio curvou a cabeça diante daquela filosofia perigosa, que assentava a religião sobre as ruínas de todas as crenças e dos sãos princípios da moral; havia nessa argumentação tal cunho de energia e tom de convicção profunda, que subjugava a seu pesar o espírito do jesuíta.
— Não consta que aquela menina ame algum cavalheiro? perguntou de repente o P. Gusmão.
— Não curo das coisas mundanas, P. Molina. O que soa é que seu irmão D. José de Aguilar protege os afetos de um Fernando de Ataíde, de quem é amigo.
— Esse Fernando é o primeiro cavaleiro à direita do alferes?
— Justamente.
Nesse momento soaram as trombetas anunciando a investida; os dois jesuítas continuaram este exame, trocando de vez em quando as suas observações, até a ocasião em que a voz do arauto publicou a sentença dos juízes, e Cristóvão de Ávila proclamou Estácio Correia como o vencedor da justa.
Ouvindo o nome de seu discípulo, repetido pelas aclamações entusiásticas do