Página:As Minas de Prata (Volume III).djvu/114

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— Havia de ser o filho, o estudante, observou o mercador.

— Que se chama Estácio, cuido eu, concluiu o gajeiro.

— Pois esse D. Diogo de Mariz é o próprio da minha querela. Com ele fui há coisa de três anos, acostado à banda que levou para socorrer seu pai. O homem tinha sido atacado pelo gentio Aimoré, lá para as bandas de Paquequer, e o filho veio de rota batida em busca de gente. Chegado era eu a São Sebastião, para me passar a São Vicente. Falava-se tanto no ouro dos paulistas, que a fama me tentou.

— Esse ouro dos paulistas é como o da vossa cidade, muchacho! ponderou o capitão.

— Não duvidareis, quando ouvirdes tudo. Enquanto esperava, aproveitei o ensejo de ganhar boa paga e lá fomos. Trabalho perdido. O gentio arrasara tudo. Só encontramos as pedras da casa e gente queimada! Aí ficamos uns tantos dias para enterrar aquela carvoagem de ossos.

— Então o gentio pôs fogo ao redor da casa toda, que não puderam fugir?

— Assim parece.

— E os selvagens já tinham abalado?

— Nem notícia deles. Andando a pesquisar no mato que ficava pela redondeza, chegamos a