em lance tão difícil, queria fixar sua residência na capitania mais abundante de caça.
Bem se vê que o fidalgo não conhecia o Brasil, onde, e especialmente naquele tempo, as matas regurgitavam de toda a espécie de monteria e os ares coalhavam-se de volateria. O P. Molina porém não hesitou em lhe aconselhar a cidade de São Sebastião, onde ele acharia reunidas boa gente e boa caça.
D. Lopo acedeu.
— Então aproveito o ensejo para escrever por algum criado de Vossa Mercê duas linhas a uma pessoa que me encarregou de certo negócio.
— Pois escreva, padre-mestre. Com muito gosto me farei eu mesmo portador de suas letras, respondeu o fidalgo.
No momento de partir entregou de feito o jesuíta a D. Lopo de Velasco uma carta assim sobrescritada: — Para S. Mercê o Sr. D. Diogo de Mariz, Provedor-Mor da Alfândega de São Sebastião.
O jesuíta, senhor agora de todo o segredo do roteiro das minas do Prata, e convencido de que o manuscrito ainda se achava no poder de D. Diogo de Mariz, só tinha um receio; era que Estácio, ou alguém em seu nome, se apresentasse a reclamá-