grandes festas, e um banquete como nunca se viu. E assim acabou a história, e manda El-Rei, nosso senhor, que me compre a dona os confeitos encantados.”
— Dá cá o balaio! disse a dona acenando a Joaninha que lho pusesse ao colo. Quando tornares, hás de contar-me outra bonita como esta. Ouves, moça?
— Dona, sim.
Se a história agradara a D. Ismênia, a Inesita a pusera numa terrível perplexidade. Compreendera perfeitamente o engenhoso disfarce com que a mulatinha lhe dera conta do que era passado e do que podia suceder a Estácio, se o não salvasse ela com uma palavra semelhante à que proferira da janela Flor de Beleza. Tinha a morte n'alma; e por mais esforços que fizesse não acabaria consigo de resolver-se. O amor de uma parte, o respeito filial da outra, sem contar o recato e a timidez, partiam sua vontade.
E o tempo corria; Joaninha debruçada sobre a banquinha esperava debalde uma palavra.
Inesita ia talvez proferi-la, quando seu irmão entrou e veio justamente sentar-se ao lado dela. A menina fez-se lívida, e presa de terror se concentrou tão