fez um voto pela vida de seu amante em perigo. Esteve ali grave e recolhida na súplica fervorosa um tempo esquecido.
Quando ergueu-se, era noite fechada; as estrelas brilhavam no céu; e pela gelosia aberta entrava a aragem fresca derramando agrestes perfumes.
Esses frouxos raios de estrelas coados pelo azul do céu, de envolta com os aromas dos vinhedos e laranjais, traziam uns ressaibos de amor e tais delícias à alma, que Dulcita, apesar de sua mágoa, sentiu-se atraída pelas carícias daquela noite de maio.
Saiu fora, para que a noite com seus perfumes e mistérios a envolvesse toda e escondesse no materno regaço. Ela tremia e palpitava, já presa do susto, já travada de esperança.
De repente Vilarzito ergueu-se diante de seus olhos.
— Ah! querido!...
Dulcita exalou toda a sua alma nessa breve exclamação, e quedou-se extática diante do moço que a olhava sorrindo. Foi quando Vilarzito passando-lhe o braço pela cintura e chamando-a a si, prendeu no peito do justilho a malfadada rosa do baile, que a donzela