— Pois nesse caso, venerável rabino, já que sois tão precatado e não depositais fé no que diz um cavalheiro, ficai-vos na vossa espelunca e vou-me na santa paz.
— Não pode ser assim, meu senhor; já é tarde demais para arrepender-vos do pacto que jurastes.
— Tarde, por quê?...
— Porque não só seu servo, mas outros irmãos seus e o taberneiro mestre Brás sabem o que meu senhor prometeu fazer em nosso favor.
— Por que lhes dissestes, infame Judas?
— Sem dúvida: vosso servo sabe que são precisos pelo menos os juramentos contestes de cinco infiéis para criar uma suspeita mínima contra um fidalgo!
— Enganastes-vos, miserável; a minha palavra só basta para aniquilar quantos mil juramentos fizesse a tua raça inteira, presente, passada e futura!...
— Diz bem, meu senhor, e seu servo o não contraria. Mas se além do juramento do judeu aparecesse a assinatura do fidalgo?
— A minha assinatura?
— Leia, meu senhor.
O judeu tomou a bugia, e alumiou de perto