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Página:As Minas de Prata (Volume V).djvu/195

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entregarei!...

— Por forma alguma. A ordem que me deu é que lho trouxesse eu mesmo.

— Mas quando vos falou ele? perguntou o sujeito cada vez mais suspeitoso.

— Há pouco em casa de D. Diogo, onde se acha. Qualquer demora pode deitar a perder o negócio que sabeis; e sereis vós a causa.

Estácio assim dizendo ia empurrando a porta, que o homem indeciso só frouxamente já sustinha; apenas dentro, ganhara ele o quintal, penetrara em casa do fidalgo; e foi guiado ao seu gabinete pela velha caseira, que subia de espanto em espanto.

O mancebo circulou o aposento com um olhar rápido, que afinal foi cravar-se na fisionomia do jesuíta; este já havia dominado o seu primeiro pasmo, e impassível abaixava a vista para o papel onde continuava a escrever.

O fidalgo esperava um tanto surpreso da inesperada visita.

— O Senhor D. Diogo de Mariz?

— Aqui o tendes, senhor.