— Não há tempo a perder. Nós nos veremos, D. Diogo, no céu ou na terra.
O mancebo ganhou a porta, e achou-se face a face com D. Francisco de Sousa; o governador tremeu, ao encará-lo, de ira e espanto.
— Apoderai-vos deste mancebo! exclamou voltando-se para um oficial que o acompanhava.
— Senhor Governador, segunda vez peço vênia para passar, disse Estácio inclinando-se.
Ergueu depois a fronte com audácia:
— Senhor D. Francisco de Sousa, lembrai-vos de quem sou filho, e sabei que há vinte dias brinco com a morte a cada instante.
Proferindo estas palavras, desembainhou a espada; o governador e o oficial recuaram para fazer outro tanto. Aproveitando-se dessa aberta, o ágil mancebo de um salto ganhou o corredor, fechou sobre ele a porta para não ser perseguido, e em um instante achou-se na casa da Mariana. Correndo o edifício de relance e certificando-se que já ali não era o frade, ganhou a rua.
Já os soldados advertidos pelo governador estavam em alvoroto; mas não conhecendo o homem