— Quereis vender-me este pó, mulher? Eu vos pagarei com esta joia!...
— Guardai vosso rico bracelete de pedrarias, que tão gentilmente orna vosso braço formoso. Se fazeis apreço deste vidro, eu vo-lo darei, mas com uma condição!
— Qual?... Falai!...
— Que me deixeis beijar-vos na face!...
Inês fez um gesto repulsivo.
— Horroriza-vos a minha fealdade; também fui moça formosa, não tanto como vós!... disse a feiticeira com uma voz dolente.
Apresentou-lhe Inês as faces e deixou-se abraçar pela velha, que lhe escondeu no seio o frasquinho.
Raquel tratou de retirar-se:
— Não irei sem vos ler a buena-dicha.
— Lede!... disse Inês com um triste sorriso.
— O túmulo vos reunirá àquele a quem amais!...
— Bem sei que já não há esperança para mim; mas espero, porque lhe prometi!...
— Esperai, sim, até o último instante; pois