MENESES – A virtude...
ANTÔNIO – Não existe. No fundo da garrafa só acho o sono. Mas é bom o sono. A gente não se lembra...
VIEIRINHA – Das maroteiras que fez.
ANTÔNIO – A gente vive noutro mundo que não é ruim como este! Oh! é bom o vinho!
VIEIRINHA – Pois tome lá este copo de champagne.
ANTÔNIO – Venha! (Provando.) Puah!... Não presta! É doce como as falas de certa gente; embrulha-me o estômago! Antes a aguardente que queima!
MENESES – Chegue aqui; diga-me o que você procura esquecer. Sofreu alguma desgraça?
VIEIRINHA – Queres outra história!
ANTÔNIO – Qual história! Não sofri nada! Diverti os outros.
MENESES – Mas conte isso mesmo.
ANTÔNIO – Não tem que contar... O trabalhador não deve criar sua filha para os moços da moda?
MENESES – Então sua filha...
ANTÔNIO – Roubaram