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Página:As asas de um anjo.djvu/122

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HELENA – Bem feito! Só assim deixarás o maldito vício do jogo.

VIEIRINHA – Ah! Deu-te para aí! Queres pregar-me um sermão? Basta os que ouço do velho! (Vai sair.)

HELENA – Então, até quatro horas?

VIEIRINHA – Não, decididamente não vou; já te disse o motivo.

HELENA – Olha! Se tu me prometesses...

VIEIRINHA – O quê?

HELENA – Não jogar mais.

VIEIRINHA – Que farias?

HELENA – Faria um sacrifício...

VIEIRINHA – Sacrifício... (Faz o gesto vulgar com que se exprime dinheiro.)

HELENA – Sim!

VIEIRINHA – Prometo o que tu quiseres! Juro!

HELENA (dando-lhe uma nota.) – Pois toma; vai pagar a tua dívida e volta.

VIEIRINHA (abraçando-a.) – Está dito!... Tu és uma flor, Helena.