louca e extravagante que te fascina, e depois te abandonaria ao acaso. Mas Deus puniu-me com a minha própria falta; quis seduzir-te e amei-te. Não sabes o que tenho sofrido... em que luta vivo com minha família!
CAROLINA – Neste ponto me parece que se algum de nós deve ao outro, não é decerto aquela que sacrificou a sua existência. Mas não cuide que me queixo; aceito o meu destino! Fui eu que assim o quis...
RIBEIRO – Tu me lembras que tenho uma dívida de honra a pagar-te.
CAROLINA – Obrigada! Basta-me a liberdade e o sossego!
RIBEIRO – Então decididamente me deixas?
CAROLINA – Já o deixei; já não estou em sua casa. A minha é nas Laranjeiras.
RIBEIRO – A dele, queres dizer? A do Pinheiro!
CAROLINA – É o mesmo!
LUÍS – E era esta mulher que há pouco falava de amor!
CAROLINA – Não era esta, não senhor; era a outra a quem insultaram. (Vai sair.)
RIBEIRO – Uma palavra, Carolina!...