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Página:As asas de um anjo.djvu/57

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HELENA – Cosem muito mal.

ARAÚJO – E dão cada tesourada!... como os alfaiates da rua do Ouvidor... Mas assim mesmo a senhora largar-se do Catete à rua Formosa em busca de uma costureira!...

HELENA – Que tem isso?

ARAÚJO – Veio de carro? Está um na porta.

HELENA – É o meu.

ARAÚJO – Ahnn!... Trata-se agora!

HELENA – Sempre fui assim.

ARAÚJO – E quando o amo lhe penhorou os trastes por causa daquela continha.

HELENA (Dirigindo-se à Carolina.) – Não me lembro.

ARAÚJO – Ah! Não se lembra! (Olhando as duas que falam baixo.) Pois olhe! Estou agora me lembrando de uma cousa.

HELENA – De quê? (Volta.)

ARAÚJO – Lá no armarinho quando as fazendas ficam mofadas, sabe o que se fez?

HELENA (dando-lhe as costas.) – Ora, que me importa isto?

ARAÚJO – Separam-