Saltar para o conteúdo

Página:As asas de um anjo.djvu/65

Wikisource, a biblioteca livre

CAROLINA – E o meu silêncio aqui não diz tudo? Não engano meu pai para falar-lhe?

RIBEIRO – Tu não sabes! O coração duvida sempre da ventura. Dize que me amas. Dize sim?

CAROLINA – Para quê? (Sorrindo-se confusa.)

RIBEIRO – Eu te suplico!

CAROLINA – Já não lhe confessei tantas vezes que lhe...

RIBEIRO (interrompendo-a.) – Assim não quero. Há de ser: eu te...

CAROLINA – Eu te... amo. Está contente?

RIREIRO – Obrigado.

CAROLINA (querendo afastar-se.) – Agora adeus. Até amanhã.

RIBEIRO – Separarmo-nos! Depois de estar uma vez perto de ti, de saber que tu me amas? Não, Carolina.

CAROLINA – Mas é preciso.

RIBEIRO – Tu és minha! Vamos viver juntos.

CAROLINA (surpresa.) – Sempre?

RIBEIRO – Sempre! sempre juntos!