Página:As asas de um anjo.djvu/80

Wikisource, a biblioteca livre

PINHEIRO – Nunca; o Ribeiro não a deixa!

HELENA – É verdade; há dous anos que a tirou de casa e ainda gosta dela como no primeiro dia.

PINHEIRO – Posso contar contigo?

HELENA – Já te prometi. Mas, vês esta pulseira? Foi o presente que me fez o Ribeiro. É de brilhantes!...

PINHEIRO – Eu te darei um adereço completo.

HELENA – Não paga o sacrifício, que eu te faço!... Esses homens pensam!... Se eles dizem que a gente é de mármore!

PINHEIRO – Falas hoje mesmo com ela a meu respeito?

HELENA – Falo... Falo!

PINHEIRO – Vê se consegues que deixe o Ribeiro.

HELENA – Fica descansado. Eu sei o que hei de fazer! Agora vai contar isto aos teus amigos para que eles zombem de mim.

PINHEIRO – Não sejas injusta!