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Página:As mulheres de mantilha.djvu/208

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— Tão pouco mereço eu!

— Ah Maria! tu não me dás, vendes-me o teu amor â preço de deslealdade e de deshonra minha!

A bella cortezã, inclinando a cabeça para murmurar um segredo ao ouvido do amante tocou com os labios na face delle, e depois continuando a conversar, torcia levemente com os dedos a ponta do negro bigode do elegante militar.

Dejanira captivava Hercules.

Gonçalo abrazado em apaixonadas flammas, jurou dizer-lhe quanto sabia, quando estivessem sós.

— Porque nâo agora? perguntou Maria.

O tenente corou e disse tremendo e com os dentes cerrados:

— Porque tu és escrava, e eu não sei, se teu senhor te quererá deixar livre.

Maria corou por sua vez, teve um impeto de colera; mas dominou-se e tornou a fallar.

— E se eu o fizer sahir já?....

— Já?...