— Semelhante carta mandada á minha casa é uma zombaria, uma injuria á que não me resigno!
— Maria; não ha mulher que me escreva; tranquillisa-te.
— Oh!... tranquillisar-me!... exclamou a cortezã, misturando o furor com as lagrimas que dos olhos lhe romperão.
Alexandre Cardoso commoveu-se, ou quiz pôr termo a questão e disse:
— Convence-te de que és louca: abre a carta, e lê o nome de quem me escreve.
Maria tremula de irado ciume rasgou o sobscrito, desdobrou o papel, e vendo a assignatura, sorrio-se e balbuciou um pouco confundida; entregando a carta, que não quiz ler:
— Perdão, Alexandre.
O ajudante official da sala empallideceu, lendo o que lhe communicavão, e visivelmente contrariado fallou á Maria.
— E' forçoso que eu te deixe: um caso im-