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documentos, e depois cahio de joelhos e disse com voz sumida:
— Salve-me pelo amor de Jesus Christo!
Alexandre Cardoso poz-se á rir: o velho quasi chorava.
— Mandei-te eu chamar para te prender, pobre millionario Irias?
— Salve-me! repetio o velho.
— Quanto te devo eu hoje ?
— Ah, senhor! creio que cousa nenhuma;...
— Não, uzurario; o que eu devo, devo, e hei de pagar-te.
E Alexandre Cardoso renovou a pergunta:
— Quanto te devo eu até hoje?
— Cinco mil cruzados.
— E' quasi nada.
Clelio Irias arregalou os olhos.
— Um homem da minha gerarchia ou não deve, ou deve mais do que isso: disse Alexandre Cardoso.
O velho tremia e esperava.
— Quero esta noite dever-te o dobro dessa quantia; já o disse.
— O dobro?!!!