mais pobre cama o rico uzurario, que ardia já em febre, e soltava profundo gemidos.
O escravo foi chamar um licenciado que morava na mesma rua do Parto e que acudindo deligente, examinou Clelio Irias e declarou-o em periga de vida e precisando dos mais assiduos cuidados.
O velho tinha reconhecido Fernanda e lhe beijara as mãos.
Fernanda chamou de parte a filha e disse-lhe:
— Emiliana, este homem emprestou dinheiro á teu pai, quando construimos a casinha que hontem se incendiou, e, uzurario cruel para todos, lembrou-se que um dia Marcos o defendera contra um devedor que desatinado por barbara penhora, o atacara na rua, e não quiz receber juros da quantia que lhe deviamos e lhe pagamos.
— Eu sabia tudo isso, minha mãi.
— O velho Irias está as portas da morte e não tem quem o trate: eu não posso, e tu podes faze-lo. Teu pai approvarâ o nosso procedimento. No correr do dia acharás uma hora menos atarefada para ir ver teu pai. Fica, velando por este