— Estás em casa de amigos, Germiano; disse-lhe o soldado que trazia o lenço á cabeça: tomaste solemne bebedeira, como ás vezes nos acontece, e o Senhor Vice-Rei não ficará mal comtigo por isso.
Germiano poz-se á custo de joelhos, e levou um dedo a boca, pedindo segredo do excesso de vinho que o levará á embriaguez.
— Um dia não são dias, e uma mão lava a outra: tu te embebedaste por excepção, nós te soccorremos: toma nota disto, e olha bem para nós afim de que, lembrando as caras, não esqueças a gratidão.
O mudo tornou á deitar-se e adormeceu.
Só no dia seguinte pelas dez horas da manhã Germiano entrou de volta no palacio; mas apenas entrou, foi direito ao gabinete particular do Vice-Rei.
— Já sabes tudo? perguntou-lhe o conde.
O mudo fez signal afirmativo.
— Os soldados estão feridos?...
Igual resposta deu Germiano, acenando com a cabeça.
— Quantos são ?
O mudo mostrou tres dedos.