Tres vezes Gonçalo deixou de ferir o adversario, que se pozera loucamente a descoberto, tres vezes a sua generosidade foi sentida pelo desesperado e cego tenente-coronel; mas, finalmente, ao dar um salto, embaraçou um dos pés nas raizes seccas deixadas por antigos arbustos e cahio por terra.
Alexandre Cardoso com a espada ameaçadoramente levantada sobre Gonçalo, bradou:
— O nome da mulher...
— Não lh'o direi; respondeu o tenente sem alteração de voz.
— Esse nome ou a morte!
— Mate!
Alexandre Cardoso recuou dous passos, e embainhou a espada, dizendo:
— Não posso mata-lo.
E accrescentou:
— Vida por vida.
Gonçalo poz-se em pé e com o rosto em flammas de vergonha.
— Pois que é assim, disse tristemente, perdoe-me tambem o mal que lhe fiz.
Alexandre Cardoso, offereceu a mão que Gonçalo apertou.