I INTRODUÇÃO
"O prudente faz bem a si, o virtuoso fá-lo aos homens."
Voltaire
A sociedade atual está impregnada por uma série de conceitos sociais, políticos e econômicos que parecem divergir quando há o intuito de analisar suas organizações sob um mesmo feixe teórico, compreendê-las em um único escopo parece ser algo complexo e demanda um esforço que caminha por diversas áreas do conhecimento humano. Para tornar a tarefa ainda mais complicada, na sociedade do início do século XXI emergem modelos organizacionais que transbordam ainda mais a capacidade das teorias existentes. Em toda a história da humanidade, sempre que uma tecnologia nova surge e revoluciona o comportamento humano parece ocorrer um certo esgotamento nas possibilidades de compreensão dos fenômenos referentes ao novo horizonte. Entretanto, é preciso ser cuidadoso ao verificar um fato que se esconde por trás de uma nova tecnologia, pois não significa necessariamente que se trata de um fato novo. Para tanto, o presente estudo realiza uma exploração dentre diversas concepções sobre os modelos organizacionais com o propósito de desbanalizar ícones que possam turvar a visão das organizações em face de uma sociedade com relacionamentos cada vez mais complexos. Nesse contexto, um primeiro passo para observar as organizações atuais pode ser analisar exatamente as que menos se enquadram nos modelos pré-concebidos e ainda que não seguem — aparentemente — as noções estipuladas nos ambientes comuns.
Todavia, quais seriam as noções estipuladas nos ambientes comuns para as organizações? A resposta não é simples e nem será o objeto do estudo, porém um direcionamento inicial implica analisar algumas forças que disputam o cenário sócio-político-econômico atual. Com esse norte estabelecido é possível que haja uma maior facilidade na compreensão das organizações.