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Meus oito annos

Oh! souvenirs! printemps! aurores!
V. HUGO.

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infancia querida
Que os annos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flôres,
N’aquellas tardes fagueiras
A’ sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjaes!

Como são bellos os dias
Do despontar da existencia!
— Respira a alma innocencia
Como perfumes a flôr;
O mar é — lago sereno,
O céo — um manto azulado,
O mundo — um sonho dourado,
A vida — um hymno d’amor!